Ludicidade: brincadeira e aprendizado!
Brincar é coisa muito séria! Toda criança deveria poder brincar.
Sabe aqueles passatempos de criança? Tipo boneca, carrinho, bola ? Ou qualquer outra atividade que se enquadre nesta categoria? Neste exato momento tem alguém construindo sua própria história à medida que se desenvolve.
Quando uma criança brinca, um mundo de possibilidades se abre para quem a observa.
Experimente trocar as suas lentes! Olhos atentos são capazes de perceber a profundidade de cada brincadeira. Compreenda como a criança vê e constrói o mundo ou mesmo como ela gostaria que este mundo fosse.
Ludicidade nos 5 domínios
Pensando na importância da brincadeira para o desenvolvimento motor, vamos considerar os cinco domínios: afetivo, cognitivo, social, moral e motor.
Do ponto de vista afetivo, além de todo o prazer que proporciona, o brincar também pode funcionar como um espaço para liberar a angústia. É possível identificar na criança o que a preocupa e os problemas que a cercam.
Do ponto de vista cognitivo, o brincar é um excelente exercício de abstrair. No mundo do faz de conta, enquanto um cabo de vassoura vira um cavalo, a criança estabelece uma relação com o significado do que o objeto remete e não com o próprio objeto. Sendo assim, ela se relaciona com o cavalo em sua brincadeira e não com o cabo de vassoura.
Este exercício de representar é um estímulo importante para que aos poucos a criança seja capaz de operar mentalmente, organizando seu pensamento de uma forma lógica ao atingir o início da segunda infância.
Do ponto de vista social e moral, ao brincar a criança transita entre o seu mundo imaginário e um mundo regido por regras, se apropriando de aspectos da cultura na qual está inserida. Ela experimenta e reconhece os papéis sociais, além de conhecer a si mesma quando imita um adulto e retoma sua identidade em seguida.
Do ponto de vista motor, as brincadeiras refinam habilidades já adquiridas ou incorporam novidades ao repertório motor na busca pela autonomia e na vivência de atividades locomotoras, manipulativas ou estabilizadoras.
Reflexão aos pais:
Será que não vale a pena rever a agenda de seus filhos e abrir mão do excesso de atividades que supostamente garantem um futuro promissor?
Que tal investir no presente, com uma infância promissora?
Brinque mais e aprenda também com os seus filhos!