Que tal correr uma maratona? A corrida é ótima para o bem-estar físico e mental, mas muita gente não pratica por pensar que apenas atletas profissionais podem correr. A Mônica Moraes faz parte dos 30 anos de história da Cia Athletica.
Ela resolveu mandar uma carta para o Gary Schulze, diretor da unidade de Kansas, para contar sua história de superação e mostrar que a Cia Athletica também faz parte da história dela. Mônica é advogada e um exemplo de superação. As atividades esportivas sempre estiveram presentes em sua rotina, mas ela pensou que correr não era uma atividade adequada para seu perfil. Até que, em 1997, foi despertada para a prática de corrida e não parou mais. Ano passado, comemorou ao completar a maratona do Circuito Athenas, em São Paulo, ocorrida no dia 02 de novembro de 2014. Conheça um pouco desta história de superação.
Como foi sua experiência na academia?
Mônica Moraes: Eu fazia ginástica aeróbica à noite duas vezes por semana. Na época, ainda não tinha essas coisas de fazer no mínimo três vezes e eu fui fazendo. Em 1988, eu me casei e coincidentemente continuei morando no Brooklin. Então, eu voltava do escritório e a academia já era no caminho, por isso nunca parei. Com o passar do tempo, as atividades foram mudando, então apareceu o body pump e o spinning. Em 1997, eu comecei com o spinning. Foi quando eu passei a treinar até cinco vezes na semana e aí comecei a correr.
Como você saiu das aulas regulares da academia para a corrida?
Mônica Moraes: Eu via as pessoas correndo na Cia e eu sabia que tinha os grupos de corrida. Tinha também umas amigas que corriam e eu pensava: “Que coisa sem graça. Que coisa exaustiva” (risos). Uma delas era advogada, da minha idade, com filhos e treinava para fazer maratonas. Eu ficava pensando em como aquilo era possível, porque ela não era atleta e, para mim, isso era coisa de atleta profissional. Foi quando meus colegas do spinning começaram a correr. Eles me incentivaram e me deram a ideia de levar dinheiro para voltar de taxi, caso ficasse cansada. Eu decidi ir, porque meu desespero era não aguentar. Não precisou nem de taxi e nem parar pra andar. Fomos até o Parque Ibirapuera. Eu fui tranquila e o pessoal me acompanhava. Claro que meu preparo físico das aulas ajudou.
O que você sentiu quando conseguiu completar todo o percurso?
Mônica Moraes: Você não sabe a minha alegria. Eu fui e voltei. A gente saiu daqui às 6h da manhã, subiu da Cia Athletica Kansas – é bem difícil correr em uma subida com o corpo praticamente frio. Daí atravessou por cima do viaduto da Avenida Santo Amaro, pegou a Rua Inhambu que já foi até o Ibirapuera. Ida e volta totalizaram 9 km. Foi daí que vi que correr não era um absurdo e percebi que, respeitando o seu ritmo com um mínimo de preparo, dá pra correr.
“Foi daí que vi que correr não era um absurdo e percebi que, respeitando o seu ritmo com um mínimo de preparo, dá pra correr.”
E a idéia de corre a meia maratona (21 km), como sugiu?
Mônica Moraes: Quando eu percebi que dava pra correr, comecei a praticar mais vezes. Continuamos correndo por nossa conta durante uns 10 meses. Mas a gente não tinha um acompanhamento. Então, decidimos pedir ajuda para um professor da Cia e começamos junto com uma turma de iniciantes. Foi aí que passamos a correr de segunda, quarta e sexta-feira. Depois disso, eu comecei a correr mais. Eu ia dar uma volta na USP aos sábados, que totaliza 7 km. Com o tempo, passei a dar duas voltas, o dobro disso, mas percebi que fazia estas voltas com facilidade e aí eu pensei que podia me preparar mais um pouco para dar mais uma volta e fazer 21 km. Então, fiz esse percurso durante um tempo e quando o professor me falou que eu estava preparada, faltavam uns três meses para esta prova. Eu me inscrevi, fiz e terminei.
O que mais marcou durante o percurso da corrida?
Mônica Moraes: Aconteceu uma história engraçada no meio do Circuito Athenas. Eles usam placas para sinalizar os km. Quando eu passei pela placa dos 17 km parecia que não chegava nunca os 18 km, foi aí que pensei: “eles contam de dois em dois quilômetros. Quando chegou a placa dos 18 km, pensei: “Não é possível isso” (risos). Tinha dois rapazes jovens com porte atlético na minha frente, então decidi ir atrás deles sem olhar para o lado para saber de km, mas um deles parou e eu não me conformava. Eles tinham metade da minha idade e eu não estava tão cansada. Continuei e fui a última a chegar dos meus amigos da academia. Então, estavam todos me esperando. Foi muito legal.
O que te fez não desistir?
Mônica Moraes: A sensação de persistência e de trabalho bem-feito. Tem também os amigos que estimulam e o desafio de chegar até o final. Se minhas amigas conseguiram, por que eu não iria conseguir? Acho que o trabalho em equipe é muito importante porque a gente vai se ajudando.
Como você conheceu a Cia Athletica?
Mônica Moraes: Eu cresci em uma família que sempre teve por hábito frequentar clubes. Então, sempre pratiquei atividades esportivas como natação e tênis, mas também fiz ballet durante muitos anos. Quando entrei na Faculdade, comecei a frequentar o Centro de Práticas Desportivas da USP (CEPEUSP) e lá eu me envolvi com uma série de outras atividades como capoeira, ginástica olímpica e ginástica feminina. Com a possibilidade de escolher uma modalidade por semestre, eu fui xeretando em tudo, mas nunca competi com seriedade. Sempre foi por prazer.
Eu procurava uma atividade prazerosa que fizesse bem e se encaixasse na minha rotina. Quando me formei, comecei a trabalhar e quase não tinha tempo. Não podia jogar tênis, por exemplo, porque ou você alugava uma quadra fechada ou tinha que jogar a céu aberto e dependia do clima. Foi aí que optei por fazer uma academia. Li sobre a abertura da Cia Athletica e era aqui no Brooklin, perto da minha casa. Na época, em 1986, as atividades aeróbicas estavam chegando ao Brasil. Então resolvi conhecer e me matriculei.
Quer treinar na Cia? Agende uma visita e faça parte desta história.